sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

9º. Dia – 7.12.10 - Trecho Tupiza a Uyuni

Saimos atrasados de Tupiza , em direção a
Uyuni.
Esse trecho era o que nos preocupava mais
pelos relatos que lemos na internet.
Falavam de areais, lama, rípio solto, travessia
de vários rios, e até estrada que chegava no
rio e continuava pelo leito do mesmo por
alguns quilômetros, até sair em algum ponto
que ninguém sabia dizer onde era.
Então, achávamos que teríamos alguns
probleminhas.


Postado por: W. Felippe

Chegamos a Uyuni às 16h e fomos direto
conhecer o tao falado Ceminterio de Trenes

Tudo aquilo que lemos não aconteceu.
Uma estrada difícil, mas nada crítico.
Correria para almoçar, compramos uns lanches
pra noite no Salar, etc...
Saimos para Colchani e no meio do caminho
a Tenere do Quico apaga painel . Perdemos
quase 1 hora e não resolvemos. Mas a moto
liga de novo e vamos direto a Colchani.

Conclusão: atrasamos novamente
Saímos pra tentar chegar a Colchani (beira
do Salar) ainda  de dia, mas não conseguimos.
Quando os três chegamos lá já estava escuro.
Só se vê água pela frente. O Quico que chegou primeiro
conversou com um motorista de van e o cara deu o
rumo que a gente deveria seguir.
O Neco engata uma primeira e mete  a cara na
água do salar. Noite fechada.
Paulinho no meio e Quico atrás, sem farol.
A moto do Quico entra num buracão e molha a vela.
Ele tem que parar e bota os dois pés dentro d’água salgada
Acelera, acelera e a vela seca e ele vai embora. Os outros
nem percebem.
Essa é a imagem de dia, do que atravessamos a noite sem ver nada.
Andamos uns 200m e chegamos, depois de muito
sufoco, na parte seca.

Festejamos a chegada, mas agora temos mais um desafio:
achar o Hotel de Sal naquela escuridão e imensidão.
Vamos mais ou menos pelo rumo que  conhecemos pelo
Google Earth, mas quase sem esperança de encontrar.
Já estávamos resolvendo acampar em qquer lugar, quando
surge uma luz longe no horizonte e seguimos para lá.
Pois era o Hotel. Muita sorte. A sensação de chegarmos lá e vermos
a praça com as bandeiras que só víamos por fotos, mesmo no
escuro foi fabulosa.
Batemos na porta e pedimos para acampar ali ao lado. O Hotel
está funcionando, mas nossa pretensão era o camping mesmo.
Montamos a barraca, preparamos um chimarrão e depois um
cafezinho pra arrematar.
O Paulinho já estava se aprumando pra dormir, arrumando as
coisas dentro da barraca, quando ouvimos: “Orá!”
Era uma japonesa dando olá. A partir daí demos bastante risadas
pq ela queria saber muitas coisas e falava um pouco de espanhol
e inglês. Qdo o Quico e Neco não conseguiam explicar no portunhol
o Paulinho respondia de dentro da barraca. Logo depois apareceram
mais uma amiga dela e um japa de cavanhaque. E tudo o que a gente
explicava eles diziam: “Hooooo!”. Era muito gozado, tipo: “o que é isso?”
e nós dizíamos: “isso é uma cuia de chimarrão”, e eles: “Hooooo!”


O Quico falou um negócio pra ela, mas nao sabemos se ela entendeu.
hahahahahahaha.
O céu ali naquele local é especial. Avistam-se com facilidade algumas
nebulosas. Cometas (estrelas cadentes), e um céu repleto de astros.
Depois de muito papo e muito “Hooooo!”, fomos dormir.

Noite agradável, pq não deve ter feito negativo. Estavamos com
sacos de dormir para até -17oC.

Postado Por : W. Felippe

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