segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

22o. dia - 20.12.2010 - Victoria-AR è Rivera (Uru)/Livramento - Mais pobres, mas de volta ao Brasil. POLÍCIA ARGENTINA CORRUPTA.


Saímos cedo pois o dia prometia calor. Na largada um cachorro de rua resolveu nos acompanhar. O bicho corria muito e nos acompanhou por cerca de 2 km. Corria muito e parecia incansável.


Merece um close, né? Ele está voando...


Cachorro Victoriano
Impressionante.
O que parecia ser mais uma cena comum, de cachorros correndo atrás das motos, a qual já estávamos acostumados, pois na Argentina e Bolívia existem muitos cachorros pelas ruas, se transformou em algo inédito para nós.
Entre a cachorrada que estava na esquina, um branco se destacou, pois ele corria na frente das motos, quando chegava na esquina parava pra ver a direção que nós iríamos e saía correndo na frente, como se estivesse nos guiando.
Começamos a dar risadas...e o cachorro na correria.
Pensei: “Não posso deixar de registrar este momento”.
O cachorro já mostrava sinais de cansaço (um palmo de língua pra fora), tinha que ser rápido.
Não foi fácil, a moto em movimento com o piloto automático, tirar a luva, abrir a jaqueta, pegar a máquina fotográfica e clicar.
Fui clicando, e ao mesmo tempo, o veloz cachorro Victoriano  já não conseguia correr na frente da moto, ficando para trás.
Então resolvi arriscar, virei a máquina fotográfica para trás, +ou- mirei o cachorro Victoriano e com um pouco de sorte consegui um belo close.

Postado por L.F.F.de Felippe (Neco)

Depois do passeio com o totó, paramos num posto, ainda na cidade, para abastecer. Confusão total no posto. Os caras só aceitavam dinheiro (efectivo) ou cartão de débito. Enchemos os tanques e quando fui pagar a mulher me diz que o meu cartão era de crédito. Explico que poderia fazer qquer operação com ele (débito ou crédito), mas não adiantou. Discute daqui, dali e no fim, quando eu estava quase saindo para buscar grana num cx automático ela me chama e resolve testar com meu cartão. Até hoje não sei que tipo de pagamento foi. 


As estradas são retas e monótonas. Paramos para um café, para acordar. Torramos os últimos pesos argentinos afinal, logo, logo estaríamos no Uruguai.


Tocamos em direção a Concepcion del Uruguay. Um pouco antes dessa cidade tomaríamos a Ruta 14 para o norte e 30 km depois, a direita, rumo a ponte que cruza o rio Uruguai chegando a Paysandu (Uru). 


Tudo parecia tranqüilo. O Quico se perdeu na entrada de Concepcion. O Neco foi atras dele e eu fiquei esperando por eles sob o viaduto, conversando sobre motos com dois policiais da Polícia Caminera. Quando eles voltaram, tocamos pela 14. Não deu 10 kilometros somos parados por policiais da policia da provincia de Entre Rios. Os caras liberam o Quico que se manda e ficam comigo e com o Neco. Acusam o Neco de 3 infrações: Ultrapassagem em local proibido, excesso de velocidade e, o pior, falta de seguro. Comigo foi "só" excesso de velocidade e falta de seguro. O tal excesso de velocidade foi alegado num treco onde havia uma ecola. Mas estavamos rodando junt com os demais carros (tinha muito movimento) e as escolas estão de férias. O lance do seguro rolou porque com os atrasos ao longo dos dias, o dito havia expirado a 1/2noite do dia anterior. De cara nos diz que cada multa seria o equivalente a 500 litros de combustível. Assim: 5 multas x 500 litros x 4.5 pesos/multa = 11.250 pesos ou 2800 dólares. Mas tudo se resolveria com 200 dolares por moto. Discute, alega, mente, fica puto e nada. Os caras com os nossos documentos e o sol de 36° comendo solto nas 2 horas que ali ficamos, entre as 13:00 e as 15:00. Nesse período pegaram mais uns 3 ou 4 estrangeiros. No meio tempo o Quico retorna e o cara já pede a ele o seguro. Mais duzentinhos para nos liberar. No final pagamos. Os caras devem ter dado um monte de risadas dos trouxas  e fomos embora. Nos deram um documento nos liberando de qualquer multa a respeito de seguro vencido. Meia hora depois estávamos no Uruguai. 


Comentário Quico: Os policiais são tão corruptos e caras de pau que montavam tipo de um escritório em cima do carro. Cada um dos safados atendia uma vítima com um talão de multa e uma calculadora. Não queriam atender mais de uma pessoa. O papo rolava baixinho pra não haver comprometimento público. Cambada de ladrão. E já faz dois anos que denunciamos o abuso ao Consulado. 




Depois de cruzarmos o Rio Uruguai, fizemos a burocracia básica na aduana/imigração uruguaia e nos mandamos. Seriam 240 km até Rivera e já passava das 16:30. 
A estrada até Tacuarembó (140 km) é uma merda. Asfalto, mas muito ruim.

Já dali a Rivera, é o paraíso. Um asfalto liso e bem sinalizado. Com coxilhas no meio de florestas. Ali baixamos o cacete.


Aqui vale um parenteses :  No dia anterior falei que os dois estavam muito de freio puxado. Tinham que tocar mais. Paulinho ficou de gozação  e o Neco quieto, só esperando no que ia dar.
Falei que no dia seguinte (hoje) a gente se entendia. Saimos de Tacuarembó e eu enrrolei o cabo. Sumi na frente dos dois. Daí o Paulinho lembrou do que eu tinha falado e foi meu buscar (pelo menos tentou). Ficou doido porque puxava 130, 140km/h e não conseguia me enxergar.  Eu, lá na frente, cada vez que avistava a luz do farol dele eu abria o punho e não deixava ele chegar perto. Cheguei em Rivera, parei a moto. Quando ele chegou disse que estava esperando há uns 10 minutos. Hehehehehehe. A véia Tènèrè 600 - 1989 não arriou pra gatinha VStrom 650 - 2010.  
Postado por Quico.




Chegamos a Rivera a noitinha. Tocamos pela avenida principal até a praça onde tem o marco de fronteira. Um menino nos pergunta se queremos hotel. Confirmo, ofereço carona para ele nos levar mas ele diz "prá que?" e sai correndo pela rua na frente das motos. Caimos num hotel mais ou menos no centro de Livramento (lado brasileiro). Certamente nao era o melhor, mas o café seria melhor que o do seus visinhos uruguaios.


A noite saímos atrás de um churra. Ja passava das 22 e as coisas estavam meio abertos, meio fechados. Encontramos uma parrillha do lado uruguaio e mandamos ver. Na hora de pagar. "desculpem, mas no aceptamos tarjetas de credito" Fudeu. Eu tinha 60 reais para uma conta de 106. Resultado, eu, o único com grana e já tendo pago, fiquei de "garantia" dentro do restaura já fechado, enquanto as véias foram a luta de caixas eletrônicos. hahahahaha.




Kilometragem do dia: 630 km.


Boas do Dia:
     A estrada de Tacuarembó a Rivera
     Falar português e ser respondido em português
     Voltar ao Brasil

Péssima do dia



       OS 675 dólares da "multa" que los hermanos nos aplicaram


Postado por Neco e Paulinho em 26/dez/2010

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